Assume este seu documentário como filme-homenagem?.Sim, o filme está do lado da homenagem. Obviamente que, para mim, o João Bénard é uma referência. Isso é assumido..Por outro lado, é também um filme de quem trabalha na pesquisa da memória do cinema. O Manuel Mozos filma-se a si próprio a ver os clássicos de João Bénard da Costa..Sim, de facto sempre me interessei por esse lado da investigação, da descoberta de coisas que são ditas perdidas ou desaparecidas. Desde o momento em que entrei para trabalhar na Cinemateca comecei a pôr em prática essa minha atração. Já alguns documentários que fiz anteriormente servem essa construção. O meu trabalho no ANIM [Arquivo Nacional Imagem Movimento] é um trabalho que me agrada muito..E contamina o seu cinema, mesmo quando faz ficção..Sim, sim!.[youtube:i12a5ty28OQ].Quem vir este filme vai ficar mais próximo da arte do amor ao cinema, não vai?.Isso agradar-me-á muito, sobretudo se as pessoas se entusiasmarem em ir ver esses e outros filmes. A maioria dos excertos dos filmes que utilizo são na mesa de montagem para se perceber a fisicalidade da película, os procedimentos das bobinas. Por outro lado, são filmes que eram importantes para o João. Filmes que também me tocam muito. E há uma certa intenção da minha parte em ir exaltar esse lado da partilha que o João tinha..Leia mais na edição impressa ou no e-paper do DN